O homo economicus em face da racionalidade limitada do homem médio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61541/ga8bq336

Palavras-chave:

homo economicus. racionalidade limitada. vieses cognitivos. utilitarismo.

Resumo

Este artigo explora dois conceitos centrais no campo da economia: o homo economicus e a racionalidade limitada. O homo economicus é um ideal teórico que retrata o ser humano como um agente totalmente racional, egoísta, e voltado para a maximização de seus próprios interesses. Ele baseia suas escolhas na busca de maior eficiência e benefícios individuais, influenciando as teorias econômicas que adotam essa perspectiva, como a de Adam Smith e o utilitarismo. Em contraste, a teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, reconhece as limitações cognitivas, temporais e informacionais dos indivíduos. Os agentes não conseguem tomar decisões perfeitamente racionais devido às restrições de tempo e à complexidade do ambiente. Assim, em vez de buscar a maximização, as pessoas se contentam com soluções "satisfatórias". Daniel Kahneman e Amos Tversky aprofundam essa visão ao descrever os vieses cognitivos e heurísticas que afetam o processo decisório, como a aversão à perda e o efeito de ancoragem. Este artigo contribui para uma compreensão mais profunda acerca das limitações e potencialidades de cada uma das teorias e sua aplicação para a elaboração de políticas públicas mais efetivas.

Biografia do Autor

  • Ênio Chrystian Goulart de Oliveira, Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília

    Mestrando do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios pelo Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília, Brasília/Distrito Federal, Brasil e bacharel em Direito pela mesma instituição. 

  • Douglas Henrique Marin dos Santos, Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília

    Doutor  em  Ciências  pela  Universidade  Federal  de  São  Paulo, São Paulo/São Paulo, Brasil.  Mestre  em Direito  pela Universidade do  Porto, Portugual. Professor  do  Programa  de  Pós-Graduação Mestrado Profissional em  Direitos  Sociais  e  Processos  Reivindicatórios do Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília, Brasília/Distrito Federal, Brasil. Procurador Federal, Brasília/Distrito Federal, Brasil.

  • Diogo Palau Flores dos Santos, Advocacia-Geral da União e Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília

    Doutor em Direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo, Brasil. Doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Mestre em Direito pelo Instituto Brasileiro de Direito Público, Brasília/Distrito Federal, Brasil. Professor do Curso de Direito do Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília/Distrito Federal, Brasil. Advogado da União da Advocacia-Geral da União, Brasília/Distrito Federal, Brasil. 

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Publicado

11-11-2025

Como Citar

O homo economicus em face da racionalidade limitada do homem médio. (2025). Revista De Direito - Trabalho, Sociedade E Cidadania, 18(18), e182025103. https://doi.org/10.61541/ga8bq336