Direitos sociais e saúde mental
uma análise etnográfica da comunidade cigana de Aurilândia-Goiás
DOI:
https://doi.org/10.61541/e1kwg065Palavras-chave:
Povos ciganos, Direitos sociais, Racismo, Saúde MentalResumo
Este artigo surge da escassez de estudos sobre os impactos do racismo na saúde mental do povo cigano. Assim, apresentamos um recorte de pesquisa empírica realizada com a comunidade cigana de Aurilândia-Goiás, Brasil, adotando uma abordagem etnográfica para investigar como o racismo afeta a saúde dessa população. Teoricamente, dialogamos com a obra A cor do inconsciente: significações do corpo negro, de Isildinha Nogueira (2021). A pesquisa baseou-se em fontes primárias e secundárias, utilizando entrevistas, conversas abertas e observação participante. Buscamos compreender como os ciganos percebem seu pertencimento étnico e aspectos de sua saúde mental, revelando ainda questões relacionadas ao trabalho e ao sistema educacional. A análise considerou histórias de vida, relatos sobre o passado, vivências presentes e as incertezas do futuro. Os resultados evidenciam uma relação intrínseca entre o racismo vivenciado pelos ciganos e o desenvolvimento de doenças psíquicas. Essa realidade exige intervenções estatais que implementem políticas públicas específicas, respeitando as particularidades culturais e históricas desse grupo. Tais políticas devem promover inclusão social e oferecer cuidado adequado a uma comunidade historicamente marginalizada e invisibilizada pela sociedade brasileira.
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