A FELICIDADE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS

Autores

  • Watilla Santos de Sousa IESB
  • Augusto César Leite de Carvalho IESB/TST

Palavras-chave:

Happiness. Pursuit of happiness. Fundamental and social rigths

Resumo

A felicidade é algo individual e ao mesmo tempo coletivo, tendo em vista os reflexos que a busca pela felicidade causa. Uma palavra difícil de definir prontamente, pois cada ser humano tem em particular o que o faz feliz. A felicidade e/ou sua busca são estudadas há muitos anos pelas mais diversas áreas do conhecimento, desde a filosofia até a economia, com destaque para a psicologia. Alguns países ao redor do mundo já trataram expressamente da felicidade em seus textos constitucionais, o que não é ainda o caso do Brasil. A despeito de já ter havido duas propostas de emenda à constituição para tratar precisamente sobre a felicidade no texto da constituição federal, o substantivo ainda não faz parte da constituição cidadã de forma explícita. Na seara jurídica, a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão serviram como importantes marcos históricos para a felicidade ser tratada de forma principiológica.  Em março de 2012 a Organização das Nações Unidas criou o Dia Internacional da Felicidade e alçou o tema à meta universal na vida das pessoas. Nada obstante a CF/88 não tratar da “felicidade” em seu texto, a palavra está inserida de forma implícita. Em políticas públicas e julgados importantes, como o Recurso Extraordinário nº 477554, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a busca pela felicidade como princípio fundamental implícito vinculado à dignidade da pessoa humana.

Biografia do Autor

  • Watilla Santos de Sousa, IESB

    Mestrando no Programa de Mestrado Profissional em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios pelo Centro Universitário IESB; pós-graduado em Direito Público pela Faculdade Unyleya; bacharel em Direito pelo Centro Universitário IESB; advogado.

  • Augusto César Leite de Carvalho, IESB/TST

    Doutor em Direito das Relações Sociais pela Universidad de Castilla la Mancha; mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará; professor de Direito do Trabalho do IESB; professor colaborador da Universidade de Brasília (UnB) em pós-graduação de Direito Constitucional do Trabalho e professor do mestrado da Universidade Autônoma de Lisboa; ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Referências

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso nº 477554. Brasília, DF de 2011. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur197163/false. Acesso em: 04 de setembro de 2020.

FREY, B, S.; STUTZER, A. The Economics of Happiness. Princeton and Oxford: Princeton University Press. 2002.

LEAL, S. T. Direito à Felicidade. São Paulo: Almedina, 2017.

OLIVEIRA, L. A. A sétima dimensão dos Direitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2020.

ONU News. Dia Internacional da Felicidade é Celebrado Neste 20 de Março. 2018. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2018/03/1615052#:~:text=Esta%20ter%C3%A7a%2Dfeira%2C%2020%20de,ser%20reconhecida%20nas%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas>. Acesso em: 29 de agosto de 2020.

PORCIÚNCULA, R. A. Direito fundamental à felicidade: realidade ou ficção jurídica?. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-mai-14/porciuncula-direito-fundamental-felicidade. Acesso em: 04/09/2020.

Downloads

Publicado

10-08-2020

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A FELICIDADE E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS. (2020). Revista De Direito - Trabalho, Sociedade E Cidadania, 8(8), 109-119. https://revista.iesb.br/revista/index.php/ojsiesb/article/view/89

Artigos Semelhantes

1-10 de 64

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.